obs.: Em vermelho meus comentários sobre a reportagem retirada do site G1 Portal de Notícias.
Um obstáculo imenso está colocado no caminho do governo na tentativa de conter a devastação da Amazônia. Ontem, foram anunciadas medidas de emergência - como o recadastramento de propriedades e a proibição de novas derrubadas em 36 municípios. Mas, no Pará, por exemplo, o próprio secretário de meio ambiente afirma que quase todo o desmatamento no estado é ilegal.
Os sistemas de monitoramento da Amazônia apontam com exatidão as áreas onde a mata é devastada. Mas o imenso território do estado dificulta a identificação dos criminosos - e as ações de repressão: quando as autoridades chegam às áreas destruídas, já não há mais ninguém por perto.
Na Amazônia as queimadas e os desmatamentos ocorrem todos os dias, mas dificilmente os responsáveis são punidos. No Pará, promotores e procuradores da República denunciam a falta de estrutura do Ibama e da Secretaria Estadual de Meio Ambiente para combater os crimes contra a floresta.
“A infra-estrutura do Ibama é muito precária, não consegue fazer frente ao desafio que é acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia”, aponta Felício Pontes, do Ministério Público Federal (PA).
“A capacidade do Pará é baixa de fiscalizar e de combater o desmatamento. Ainda precisa de muito investimento para que tenha condições de fato responder a esta demanda”, diz o promotor Raimundo Moraes.
Segundo o secretário estadual de Meio Ambiente, Valmir Ortega, de agosto a dezembro do ano passado foram derrubados cerca de 600 quilômetros quadrados de florestas no Pará. Quase tudo sem autorização alguma.
“Mais de 90%, 99% do desmatamento do estado do Pará é completamente ilegal”, afirma o secretário.
Tem que ser, o dinheiro é desviado, as pessoas são corruptas, as leis não funcionam, as pessoas não tem respeito, tsc, tsc, tsc...
O Ibama diz que só no ano passado aplicou R$ 430 milhões em multas - mas não recebeu nem 10% desse valor.
Porque não recebeu? porque não foi feito um trabalho decente. Porque alguém, provavelmente foi comprado, alguém levou propina ou foi ameaçado de morte. Porque a lei não chega até esses rincões.
Para o procurador-chefe do órgão no estado, a arrecadação poderia aumentar se ele contasse com mais procuradores para cuidar dos processos na justiça.
“Fica a sensação de impunidade e serve de estímulo para que as pessoas continuem praticando infrações ambientais”, diz Bruno Valente, procurador-chefe do Ibama (PA).
“Sem ter realmente uma punição efetiva, é de se esperar que os fazendeiros continuem a desmatar e então é essencial aumentar a eficácia da arrecadação das multas no caso dos crimes ambientais”, acredita Paulo Barreto, pesquisador da ONG Imazon.
Este pesquisador disse tudo, sem uma punição efetiva a destruição vai continuar. A ministra do meio-ambiente disse que a população tem sua parte na responsabilidade. É claro que tem, mas se não existe o poder público, a quem recorrer? E o medo de represálias?
Quando a Amazônia virar um grande areal alguém vai querer fazer alguma coisa. Aí não vai ter mais jeito.
4 comentários:
Ola amiga...em minha primeira visita, gostei do que li e vi, parabéns pelo blog...A política de combate ao desmatamento do governo Lula isentou assentados da reforma agrária e pequenos produtores rurais nos 36 municípios que mais abatem árvores na Amazônia do risco de bloqueio de crédito e de dificuldades de comercialização de seus produtos nos próximos anos. Isso foi feito apesar dos estudos que atribuem aos assentados e proprietários de até 100 hectares a responsabilidade por 15% a 18% da devastação da floresta.
Nos municípios que mais desmataram a Amazônia, as pequenas propriedades e assentamentos somam 10,2 milhões de hectares, o equivalente a 13% de seu território.
Forte abraço e bom carnaval,
Oiii Cris!
Tô ausente mesmo, né?!
Mas logo logo tô voltando... Me espere!
hehehhe
beijão!
Cá!
Ótimo Carnaval!
Oi Rodrigues, que bom que você gostou.
Esse assunto me revolta, nao consigo entender pq nada é feito.
Sinta-se em casa.
Abraços
Oi Carina, que bom que você reapareceu, estava preocupada.
Beijocas
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