Você já precisou viajar com seu animalzinho de estimação pelo Brasil? e para o exterior?, tem vontade? quer?.
Se a sua resposta para as 2 últimas perguntas acima é não, ótimo, vá viajar tranquilo, agoooooooooooooooora se a resposta é sim, prepare-se para uma via crucis. Estou dizendo isso porque acabei de passar por ela.
Em 2006 nos mudamos para os Estados Unidos e meio amigo fiel, é claro, veio comigo. Foi muito simples. Fomos até um veterinário que emitiru um atestado de saúde, após exame, dizendo que ele estava bem, anexamos a carteira de vacinação dele ao atestado, vale salientar que já havíamos informado a empresa aérea que iríamos levar um cão na área de bagagem, já que o ele (o cão) ultrapassava as medidas mínimas para ir comigo na cabine. Chegando no embarque, pagamos a taxa habitual, a cia aérea mal olhou os documentos do cachorro, ele foi embarcado, nós também e chegamos sãos e salvos ao nosso destino.
Depois de 2 anos aqui, resolvi passar um período de férias maior no Brasil e resolvi levá-lo junto comigo. Além dele não ficar com saudades, também sai mais barato. Até aí foi tudo bonito.
O problema foi na volta. Mais uma vez constatei que a falta de informações por parte das empresas aéreas é enorme. Eu acabei descobrindo sem querer, um dia antes do embarque que seria necessário algo mais além do atestado de saúde, agora precisaria de um documento emitido pelo Ministério da Agricultura (AVIAGRO). Até aí tudo bem, fomos até o aeroporto onde existe um escritório deles que é o setor encarregado da emissão do tal documento.
Claro que ele estava fechado.
Claro que não existia plantão nos fins de semana.
Claro que eu achei um absurdo.
Claro que nós viajamos e meu cachorro ficou no Brasil.
Passamos o sábado quase inteiro entre o galeão velho (Terminal de Cargas) e o novo falando com Deus e o mundo e ninguém pode nos ajudar. A recepcionista do aeroporto nos disse que era assim mesmo, que nunca ouve plantão.
Fomos embora do aeroporto cansados e derrotados. Uma das coisas que mais me expantou foi a seguinte: Existe um veterinário/plantonista do Ministério da Agricultura para receber voôs, mas não existe para a saída dos mesmos.
Faz sentido? Para mim não.
Mais um vez, quando precisamos deste tipo de serviço temos que nos adequar aos seguintes horários: de Segunda a Sexta, das 8 as 17. Quer dizer que se você tiver uma emergência em um fim de semana e precisar viajar com seus animal, você não pode. Se você tiver uma emergência as 17 horas e precisar viajar com seu animal no dia seguinte as 8 da manhã, você não pode. Simplesmente não existe no Rio de Janeiro um local com plantão para isso, que no caso seria o aeroporto internacional.
Eu só estou contando isso agora, porque eu tive que contratar uma empresa de transportes para realizar a vinda dele para cá. E aí meus amigos é que o bicho pegou mesmo, porque além de tudo isso tivemos que fazer procurações, consularizar documentos, enviar originais, mas até aí tudo bem, faz parte da burocracia de enviar alguma carga do Brasil para um país estrangeiro.
Resumindo:
Procurei durante horas na internet informações e foi bem difícil achar.
Procurei um modelo de atestado de saúde animal (cães e gatos) e não encontrei.
Procurei informações de pessoas que haviam passado pelo mesmo problema e não encontrei, mas pessoalmente falei com algumas.
Gastei uma fortuna para trazer meu Cãomigo para casa.
A falta de informação é enorme por parte da Infraero, do Vigiagro (que te dá informações desencontradas), pelos despachantes das empresas de transporte, pelas empresas aéreas e pelo site do Ministério da Agricultura, ou então quando tem é confusa e acaba mais atrapalhando do que ajudando.
Por causa disse estou colocando mais posts com as informações que eu obtive, os links relacionados e modelos dos atestados de saúde animal para consulta.
Espero que ninguém mais passe por isso e que minha reclamação possa ser ouvida.