Eu MULHER


Já faz um tempinho que estou querendo colocar este texto aqui, mas a oportunidade sempre fugia, mas hoje ela veio.

E como estamos na semana de comemoração do dia Internacional da mulher, eu abro a minha com esta pequena homenagem.

Às mulheres blogueiras, mães, trabalhadoras, lutadoras, enfim MULHERES.

Há milênios, a tarefa de contar histórias e educar os pequeninos tem sido entregue às mulheres. Sempre coube ao homem prover e sustentar suas famílias e só muito recentemente em nossa História, a mulher conseguiu sua carta de alforria para ingressar no Mercado de Trabalho e dividir com o homem a tarefa da “gerência” de finanças e de suas próprias vidas.

Mulher sempre foi multi tarefa antes mesmo de inventarem a expressão. Arruma, passa, canta, borda, dança, pinta o sete, usa salto, engole os sapos e, no meio do caminho, acha um espelho prá passar batom. Eu me lembro, porque fui uma das primeiras, mulher não trabalhava com informática, mulher não acessava a Internet (aliás, não havia internet e, quando havia, era para o bem da ciência ou nos “feudos masculinos” da engenharia da computação. Mulher, no máximo, digitadora, tímida usuária amedrontada, a quem os rapazes do suporte costumavam assustar com “Nunca mexa nesse botão” ou “Não abra esse arquivo jamais”, ou o pior “Se você mexer nisso vai perder TUDO”. Mas mulher é bicho esquisito, como já dizia Rita Lee e, depois que nos ensinaram a insubordinação do primeiro voto ou do primeiro sutiã queimado, nunca mais tomamos jeito. E hoje, tempos dinâmicos, globalizados, as mulheres, depois de todas as invenções e invasões nos espaços e feudos masculinos, reinventaram o Blog, que é uma forma moderna de Diário Digital, onde a gente polemiza, poetisa, põe prá fora, informa, conta história, canta, dança, informa e chora.

Contamos histórias de dormir prá nossos filhos, damos peito, beijamos na testa e invadimos o espaço digital, onde tudo é tão intangível e por isso tão extenso, tão vasto, onde nossa voz pode ser ouvida, onde nossa emoção pode ser medida pelo trafegar dos pacotes de que nem nos damos conta.

Em tempos de crise, sempre foi a mulher o porto seguro para que os Guerreiros, Soldados, Exilados, “amados ou não” pudessem sonhar, com planícies extensas e dias ensolarados e sem dor.

Em tempos de crise, as mulheres ficavam nas aldeias e contavam histórias para os mais jovens não se esquecessem de quem eram. Histórias que foram transmitidas há muitas gerações e que estão conosco ainda guardadas em nossas células. Histórias que agora, as mulheres que blogam, precisam resgatar para contar e enternecer, para fazer rir e fazer sonhar. Para que acreditemos que é possível reconstruir um Planeta sustentável, ou um mundo com menos violência, um mundo onde habite a esperança, que é companheira do trabalho, a incansável esperança que habita nosso peito.

Eu leio as mulheres que blogam, de uma forma incansável, depois de um dia exaustivo no trabalho de casa ou nas empresas, que amamentam e idealizam textos, mulheres que avançam à frente do seu tempo, fazendo outras cabeças. E eu me lembro das mulheres que lavavam roupa na beira do rio e conversavam ou simplesmente cantavam e os lençóis brancos balançavam nos varais, agitados pelo vento que também levava as histórias para longe e deixou plantadas para sempre as histórias de esperança e de coragem das mulheres antigas e que agora podem ser ouvidas novamente. Que todos os varais da poesia, sonho, idéia, mensagem, amor, se agitem novamente.

Há música no ar.
As mulheres estão blogando.

Informações retiradas do blog Ecoamigos

8 comentários:

Carla Beatriz on 3 de março de 2008 às 04:57 disse...

Oi Cris,

ADOREI o texto!
É isso mesmo, nós mulheres sempre fomos relegadas a segundo plano, mas com o tempo, fomos mostrando que somos tão ou mais capazes do que os homens.
Foi-se o tempo que a mulher ficava em casa esperando, enquanto o homem ia fazer a guerra. Ainda assim, eram elas quem ficavam cuidando da casa e dos filhos, eram o suporte da sociedade. Hoje nós continuamos sendo o suporte da sociedade, mas com muito mais independência, pelo menos na sociedade ocidental.

Um grande beijo!

Geovana on 3 de março de 2008 às 08:22 disse...

Cris, obrigada pelo texto. Me senti homenageada por ele, sendo eu mulher e blogueira.
Beijo grande e boa semana!
Geovana (http://www.meninorude.blogspot.com)

Cristiane A. Fetter on 3 de março de 2008 às 09:29 disse...

Você falou tudo Carla, Nós continuamos sendo o suporte da sociedade, mas com muito mais independência.
Somos fortes,
Somos Mulheres.
Beijocas

Cristiane A. Fetter on 3 de março de 2008 às 09:30 disse...

Oi Geo, que bom que você gostou.
Mulher forte assim como você merece todos as homenagens.
Beijocas

NANDO DAMÁZIO disse...

E que as mulheres continuem blogando para desfrutarmos tudo que elas tem a nos oferecer porque, tanto virtual como no real, elas são indispensáveis !!

Ótimo texto, Cris !!
Beijos !! ;-)

Cristiane A. Fetter on 3 de março de 2008 às 12:22 disse...

Nando, é bom ver um homem entender isso, mas eu só trouxe o texto para cá, quem escreveu foi outra mulher iluminada.
Beijocas

Isa on 3 de março de 2008 às 12:50 disse...

A Internet trouxe esse aspecto positivo: permitir que as pessoas se expressem independente do sexo delas, da escolha que fizeram ou que aparência tenham.
Faz com que mulheres e homens sejam iguais, e um mostrando pro outro um pouquinho mais sobre seus sentimentos.

Beijos, Cris!

Cristiane A. Fetter on 3 de março de 2008 às 13:00 disse...

Isaaaaaaaaa, falou "bunituuuuu".

Beijocas

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