No outro dia estava visitando o blog de uma pessoa que me é muito querida. Mulher e mãe guerreira que eu conheci através da blogosfera e que cada dia mais admiro seu trabalho, é a Antônia Yamashita do blog Lucas - Milagre da vida!.
Lá ela descreve seu dia-a-dia com seus filhos e especialmente um deles que tem necessidades especiais, o Lucas.
Então, neste post que eu estava lendo ela falava de mais um momento de dificuldade, de mais uma batalha, de como ela e o marido superaram.
Eu fiquei pensando, meu Deus, esta mulher tem um filho cheio de limitações e conseguiu escrever um livro (A Trajetória de Uma Mae Especial), tem um curso de alfabetização para crianças com necessidades especiais, escreve um blog, dá conta de uma casa, um casamento e ainda é mãe de um meninho sem nenhum problema.
Quando leio seus posts me sinto ingrata com minha vida, reclamo demais, acho tudo ruim. Reclamo que o inverno está chegando na América do Norte, que vai nevar, que meu filho vai querer brincar na neve. Que estou longe de meus amigos brasileiros e da minha família, que só posso me comunicar com eles através do telefone ou internet.
Que eu me sinto solitária e por consequencia meu filho também. Que acho uma droga aprender a lingua inglesa, que estou engordando muito.
Só reclamo!
Mas, depois de ver a luta da Antônia, eu tenho que reconhecer que a minha vida é um mar de rosas, que eu posso reclamar, mas nem teria este direito.Vejo a vida do Lucas e reclamo que meu filho fez bagunça na sala, estou tão errada!
O que eu devo fazer é reverter esta situação. Olhar com outros olhos as dificuldades. Entender que eu tenho capacidade para mudar isso, agradecer que meu filho é perfeito e se ele pode fazer bagunça é porque é saudável e cheio de energia. Que ficar parada reclamando não vai me levar a lugar nenhum.
Tenho que ver a alegria de chegar a neve e meu filho poder correr para fora e fazer bolas de neve, homens de gelo, snow angels, e escorregar nela, com saúde, energia e alegria.
Quero agradecer a Antônia por ter coragem de dizer o que sente e expor sua vida na rede. Com depoimentos assim a gente consegue ver como não está fazendo nada com sua própria vida, ou pelo menos não está vendo como ela é boa.
Obrigada Antônia.
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Quem é a Doida?
Expatriada, 39 anos, casada, 1 filho, 1 cão, morando a quase 4 anos nos Estados Unidos, executiva (das tarefas domésticas), com ênfase em administração financeira, gerência de compras, organização e orientação de pessoal, métodos e conflitos, blogueira, leitora frenética, alegre, falante, brigona, teimosa e pisciana, ou seja, uma pessoa quase normal.
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5 comentários:
Falei sobre isso com uma amiga Cris... Nós temos o dom de reclamar da vida, quando na verdade exitem pessoas com problemas gigantescos, coisas básicas (como alimentação, moradia, educação e saúde).
Admiro pessoas guerreiras como a Antonia.
bjao
Realmente isso é algo para se refletir. As vezes a gente reclama de barriga cheia...
Oi Rosinha, que bom voce por aqui.
Beijocas
Alexsandra, reclamamos de barriga cheia (como disse a Rosinha), não que nossos problemas não devam ser valorizados, mas acredito que menos do que nós fazemos por hábito.
Beijocas
Pois eu não reclamo, não!
Todos os dias agradeço a Deus a imensa misericórdia que teve por mim e minha vida!
bjs cariocas
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