Expatriado


Mais uma vez visitando o delicioso blog Pavulagem da Ro, que tem por mentora a Roseane, brasileira, radicada na Alemanha (mulher corajosa ein?), lí um post em que ela comentava sobre coisas brasileiras, como mamão e coisas alemãs (como a neve), sobre música, que um grupo de brasileiros fazia um concerto de violão em uma turnê por lá.

Ela comentava que felicidade se compra sim, só não sabe disse quem não é expatriado ou é desnutrido.


Pegando esta última frase comecei a lembrar de meus sentimentos sendo uma expatriada. Em que momentos isso fala mais alto. Quando isso mais dói.


Só quem é um entende o que é ouvir nosso hino nacional tocando em uma competição internacional, ou mesmo em um jogo meia-boa da seleção do seu país contra o Burundi. É ver o maior evento brasileiro fora do Brasil, que é o Brazilian Day, e acontece em Nova Iorque, onde mais de 1 milhão de pessoas participa.


Ver as pessoas se reunindo para comer pastel, cochinha de galinha, tomar caldo de cana, comer pamonha ou acarajé, estar junto de outros brasileiros.


É ficar com o ouvido atentíssimo ao próprio idioma, é abordar as pessoas na rua quando você sabe que também são brasileiros, é perder a vergonha de falar com quem você nunca viu antes.


É ir a um restaurante de comida mineira e comer arroz e feijao puro e achar a maior delícia do mundo.


É entar na internet para saber as notícias de sua pátria amada Brasil e se emocionar com as tragédias que lá acontecem.


Também é perceber que seu país poderia ser muito melhor e infelizmente isso não estar acontecendo na velocidade que você queria. É ver coisas ótimas em outros países e não poder levar para o seu, como a segurança e a cidadania.


É saber que a universidade de Massachusetts está trabalhando junto com uma universidade de Minas Gerais e conseguiram cultivar jiló, maxixe e taioba neste estado americano e ficar até arrepiada de tanta alegria.


É entar em um mercado tipicamente americano e encontrar facas Tramontina e guaraná Antártica e ter vontade de gritar lá dentro que estes são produtos brasileiros, é muito orgulho.


E por fim, é estar no aeroporto de Nova Iorque, esperando a hora de embarcar para o Brasil e ver chegar um Air Bus da Tam, todo assinado e com uma frase enorme em cima: Orgulho de ser Brasileira.



Parei, estou emocionada.

8 comentários:

Edna Federico on 28 de novembro de 2008 às 01:42 disse...

É, deve dar uma saudade enorme mesmo!
Beijo

Nina on 28 de novembro de 2008 às 08:32 disse...

Oxi! mulher, pois tbm parei na metade emocionada. Depois respirei fundo e continuei a ler. parei qd vc fala da vontade que a gente tem de levar tudo o que os paises têm de bom pro nosso, que precisa de tanta coisa. continuei e parei contigo, tbm emocionada. olha é duro viu?? eu sinto tanto, tanto pelas perdas que temos por lá. é tanta miséria, tanto descaso. eu sinto tanto!!!

tbm nao tenho mt o que escrever agora, me perdi na emocao. to indo :)
bjs

Tânia Defensora on 28 de novembro de 2008 às 11:15 disse...

Oi Cris!
Também fiquei emocionada... emocionadíssima...
Não tenho coragem de deixar o Brasil, mas admiro quem o faz em busca de um sonho e de uma qualidade de vida melhor!
Sinto muito pelos que ficam, que ficam reclamando do nosso País.
Ah! Como é bom ler um texto escrito com sentimento de saudades,de carinho e de amor.
Parabéns guria!
Volte mais vezes para se lembrar como é que é.
Beijuca

Cristiane A. Fetter on 30 de novembro de 2008 às 06:59 disse...

Tão grande que nem dá para mensurar Edna.
Beijocas

Cristiane A. Fetter on 30 de novembro de 2008 às 07:00 disse...

Nina, dá vontade de fazer um país só com as coisas boas, oh se dá.
Beijocas

Cristiane A. Fetter on 30 de novembro de 2008 às 07:03 disse...

Tânia, se meu marido não fosse convidado para vir para cá eu não viria, aliás nunca tive vontade de conhecer os EUA, mas o amor é assim, a gente vai aonde ele está.
O filho também merecia esta chance de conhecer outras culturas, de se tornar um cidadão do mundo.
Mas as vezes dá vontade de largar tudo e voltar para a terrinha.
Infelizmente não dá para voltar sempre, é caro e faz um rombo no orçamento. Por mim visitava o Brasil duas vezes por ano, quem sabe se um dia ainda não consigo esta proeza, apesar de que no ano que vem, em setembro o filho entra na escola regular e só pode ter 10 faltas, se não é reprovado, aí já fica mais difícil.
Mas os amigos brasileiros ajudam a diminuir as saudades.
Beijocas

Carolina Arêas on 30 de novembro de 2008 às 07:04 disse...

Pois é, Cris, saudades eu sito também.

Mas, por outro lado, a liberdade e a tranquilidade que temos aqui é maravilhosa. Criar um filho assim é bem melhor.

Já ouviu falar do floral Honeysuckle?


http://www.terapiafloral.net/2007/10/no-deixe-saudade-ser-maior-do-que-voc.html

BEIJOS!

Beth/Lilás on 30 de novembro de 2008 às 07:29 disse...

Ah, Cris!
Como os corações ficam divididos na distância desta terra louca e fantástica!
Maleditos governantes que não sabem amar a terra e o povo deste país!
Mas, sem a emoção latina que nos arrasta, digo-lhe que o momento atual por que passamos é o pior de toda nossa história. Não volte tão cedo, apenas de visita! Isso aqui é o verdadeiro Inferno de Dante.
bjs cariocas

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